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Apaixonada por uma romantasia

  • Foto do escritor: Camila Peres
    Camila Peres
  • 9 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

“Divinos Rivais” não seria minha primeira escolha de leitura por ser uma romantasia. Mas como todo amor à primeira vista, não resisti. Fui atraída pela bela edição e o livro se provou ser MUITO mais do que apenas belo. 




Conhecemos Iris Winnow e Roman Kitt, dois jovens que disputam uma vaga de colunista em um dos jornais mais prestigiados de Oath. Enquanto Iris vem de uma família humilde, seu concorrente é um riquinho mimado e privilegiado. Mais do que disputarem a mesma vaga os dois são grandes rivais. Quando o irmão de Iris resolve se juntar a guerra entre deuses há muito adormecidos, Iris vê sua vida sofrer mudanças inesperadas e desesperadoras a ponto de deixar tudo para traz para ser correspondente de guerra. O que ela não espera é que as correspondências que ela escreve para o irmão estão indo na verdade para seu rival e uma conexão se forma entre esses dois. 



Muito além de um simples enemies to lovers, essa é uma história sobre perda, luta, dor, recomeços e guerra. A autora usa a fantasia como um pano de fundo delicado e num primeiro momento muito interessante e reconfortante. Aos poucos a trama mais ganhando mais e mais contornos sérios, repletos de mistérios e dúvida. 


Iris e Roman são uma dupla cativante e repletos de personalidade, apesar de suas poucas idades. Não pense que por ser um livro para jovens adultos essa vai ser uma leitura clichê e superficial, porque ela não é. 



Os personagens são bem construídos e lidam com seus problemas de forma madura e com muita inteligência emocional. Além disso Rebecca Ross tem uma escrita maravilhosamente envolvente e elaborada que combina muito com o universo que ela nos apresenta. 


Outro aspecto que me surpreendeu muito foi a verossimilhança que a autora cria ao retratar o fronte de guerra. Fica óbvia sua vasta pesquisa sobre o assunto a ponto de nos sentirmos sentados com os personagens nas situações mais improváveis e arriscadas. A dor é palpável, nos sentimentos no meio da destruição e as perdas são tão brutais que é impossível fazer a leitura de forma completamente impassível. 


Não esperava nada da leitura e ela me entregou absolutamente tudo! A hype é real, leiam!

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