Clássico do mistério de who donnit
- Camila Peres
- 1 de set. de 2024
- 2 min de leitura
As festas de Sir Hubert Handerslay são famosas nos altos círculos da sociedade britânica por serem extremamente interessantes. O que Nigel não esperava ao ser convidado para uma dessas festas com seu primo Charles, era que o final de semana de entretenimentos e jogos acabaria em assassinato.
Com um estilo narrativo clássico das histórias de mistério, Ngaio Marsh não se perde em longos fluxos de consciência, nem se dedica a uma escrita rebuscada, muito pelo contrário. A autora é bastante direta e não cria complicações desnecessárias para o leitor, que pode se dedicar a tentar desvendar o caso junto com Alleyn.

No melhor estilo “Who donnit” (quem fez, em tradução livro), emergimos em um crime aparentemente impossível onde todos os possíveis culpados estão em lugares diferentes, possuem álibis sustentáveis, que em muitos casos se conectam.
Para resolver essa questão a autora nos apresenta o inspetor Alleyn da Scotland Yard, que viaja para o interior para descobrir quem cometeu um assassinato a sangue frio durante o que deveria ser uma brincadeira.
Não faltam motivações, não faltam oportunidades, porém não faltam álibis e somos aos poucos guiados por inúmeras linhas de raciocínios que podem ou não incluir traição, máfia russa e talvez até interesses financeiros.

Uma leitura que me remeteu à época que amava jogar “Detetive” e que além de um bom mistério traz uma pequena mas boa dose de curiosidades históricas e culturais. Sem contar o desfecho com uma solução bastante criativa e algumas boas cenas de ação.
Gostei muito do inspetor Alleyn e de Nigel e espero que o Clube do Crime traga mais obras da autora com os personagens num futuro não muito distante.
Foi a minha segunda leitura do clube e não vejo a hora de saber para onde o próximo clássico vai me transportar. Super recomendo aos fãs de thrillers se aventurar nessa coleção.
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