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Pertencimento, identidade, descobertas e uma dose de capirotagem

  • Foto do escritor: Camila Peres
    Camila Peres
  • 1 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Maren tem um segredo, o gosto por carne humana. Quando ainda era uma criança pequena, comeu a babá e sua infância foi marcada por mudanças de uma cidade para a outra. Ao completar 16 anos, a jovem é abandonada pela mãe, sendo obrigada a se virar sozinha. 


Essa não é uma leitura fácil por vários aspectos, mas o canibalismo, por incrível que pareça não é um deles. Por ser muito jovem e completamente inexperiente, é triste acompanhar o quão perdida Maren fica ao se ver completamente sozinha e com parcos recursos. Como toda ‘criança’ ela segue o primeiro instinto, que é ir atras da própria mãe e a partir do momento que sai de casa para encontrá-la, se inicia sua jornada de autoconhecimento. 


A dificuldade em fazer amigos, o medo de se aproximar dos demais e o terror de querer comê-las, faz com que Maren seja uma jovem solitária e  madura, mas que se vê obrigada a sair da zona de conforto e ter que confiar em estranhos para encontrar seu lugar. 


“Até os Ossos” é uma obra que fala sobre pertencimento, identidade, descobertas e autoconhecimento. Aqui não só acompanhamos a viagem e Maren para tentar encontrar a mãe, mas também sua busca por entendimento das suas peculiaridades, mas também a lidar com questões afetivas e emocionais.  


Ao longo de sua jornada a jovem vai conhecendo pessoas de idades, condições sociais e instrução diferentes, aprendendo lições importantes com cada uma delas e de formas bastante inesperadas e surpreendentes. 



Foi uma leitura que não consegui largar até terminar, embora não tenha grandes reviravoltas em sua maior parte. A autora, Camille DeAngelis, faz um ótimo trabalho com a construção da trama, mas fiquei muito curiosa para saber o que aconteceria a seguir e ver o que a personagem iria fazer. 


Há uma dose de romance na história e embora esse não seja o aspecto principal da narrativa, como a jacket com a imagem da adaptação dá a atender, é um ponto importante para o desenvolvimento de Maren e de como ela lidar com seus sentimentos. 


Não gostei, amei, mas certamente essa não é uma obra que será interessante ou querida por todos. Para quem gosta de leitura diferentes e uma ótima pedida.

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