Quando um grupo de aposentados saem para a luta
- Camila Peres
- 9 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Clay estava vivendo a paz da aposentadoria quando Gabriel, seu ex colega de bando, chega a sua casa para pedir ajuda. Rose, a filha de Gabriel, está em perigo, presa em uma cidade sitiada a meio mundo de distância e para chegar lá a jornada não é nada fácil. Clay não quer deixar a família, mas uma pergunta da filha o faz repensar a situação e juntos os dois embarcam em uma jornada épica para reunir seus amigos de bando e salvar Rose.
Não sabia o que esperar desse livro e foi uma grande surpresa pra mim. Nicholas Eames trabalha uma narrativa muito bem-humorada na qual cinco homens mais velhos resolvem deixar a aposentadoria para salvar uma garota no outro extremo do mundo no maior estilo “missão suicida.

A jornada dos personagens é uma sequencia de situações desastrosas em que tudo que pode dar errado dá, mas que os personagens superam com muito bom humor e sarcasmo, tirando sarro um dos outros e das dificuldades que os anos trouxeram para cada um.
Apesar dos cinco personagens terem seu protagonista, é pelos olhos de Clay que conhecemos a história. Muito das opiniões que acabamos tendo dos personagens acabam sendo uma consequência de como ele os vê e se sente sobre eles.

O livro tem uma narrativa bem leve e fluida, apesar de ser uma fantasia épica. O autor não cria um universo muito cheio de detalhes, deixando espaço para o desenvolvimento dos personagens e para a evolução da trama em si. O que nem sempre ajuda muito o leitor.
Há uma infinidade de criaturas mencionadas e embora muitas delas façam parte da nossa cultura em geral, há outras que talvez nem todos conheçam e a ausência de maiores explicações pode deixar algumas lacunas no imaginativo do leitor.

Tirando isso “Os reis do Wyld” é uma leitura cativante, divertida, que com uma leveza ímpar aborda dilemas da meia idade para nos mostrar que nunca é tarde para segundas chances e que quem tem bons amigos tem tudo.
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