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Um cabinal a solta

  • Foto do escritor: Camila Peres
    Camila Peres
  • 1 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Vi uma infinidade de elogios para os livros de Robert Bryndza antes de me aventurar na escrita dele e optei começar com “O Canibal de Nine Elms” por dois motivos: a) é a série mais recente e só temos dois livros lançados por aqui; b) uma trama policial envolvendo um canibal chama a atenção, inevitavelmente. 


Meu intuito de começar moderadamente foi ladeira abaixo logo que cheguei na metade do livro. Comprei a continuação e emendei a leitura. Nem terminei o segundo e comprei a outra coleção. Dá pra sentir o que aconteceu, não dá? Robert Bryndza virou queridinho! 


Kate Marshall era uma policial com uma promissora carreira a sua frente, mas prender um perigoso serial killer acabou sendo sua ruína. Publicamente humilhada e vítima das circunstâncias, Kate se viu obrigada a largar a carreira policial. Quinze anos depois ela trabalha como professora em uma universidade, tem um filho que mora com os pais e vive numa constante lute para se manter sóbria. Sua tranquilidade acaba ao receber uma correspondência que a leva ao passado e sua intuição diz que ela precisa investigar. 


Acompanhamos então Kate nessa investigação “amadora” de um caso muito semelhante ao serial killer que aterrorizava Nine Elms quinze anos antes e que a fez perder sua carreira. Consigo ela leva o assistente como companhia e os dois percorrem o interior da Inglaterra atrás de provas e pistas que nem mesmo a polícia parece conhecer. 


Confesso que o primeiro capítulo me deixou com um pé atrás sobre a narrativa, mas quanto mais lia, mais queria ler. A obra é fantasticamente escrita e com um mistério que vai surpreendendo o leitor a cada nova pequena descoberta. Nada é o que parece ser e tudo parece ser impossível! 


A semelhança entre os crimes do passado e os do presente são inegáveis, mas como um homem preso pode estar matando novamente? Essa pergunta vai sendo respondida aos poucos. A narrativa é focada na investigação e embora surpreenda, não é um livro que foque em plot twists, mas sim na emoção da investigação e da captura. 


Kate Marshall talvez não seja a personagem mais cativante da literatura, mas o fato de ter lidado com muitos traumas e com o fato de viver em constante luta com o alcoolismo acaba sensibilizando o leitor, porque ela é honesta com suas dúvidas, suas vontades e principalmente com seus sentimentos. Há verdade na personagem e isso nos faz gostar dela. 



Trabalhando temas como alcoolismo, traumas, abuso, contrabando, violência física e psicológica, a narrativa nos faz ponderar bastante sobre temas pesados e os aborda de forma franca e sem qualquer traço de embelezamento. 



Foi daqueles que não li, devorei, e recomendo fortemente para todos os fãs de bons thrillers. Aqui não tem erro.

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